sexta-feira, 8 de abril de 2011

Retrô-TV – O Túnel do Tempo

Albert Einstein afirmava em sua Teoria da Relatividade que o tempo deveria ser visto como uma quarta dimensão, assim como as outras três, largura, altura e comprimento. A premissa básica seria: Por quanto tempo um objeto fica num determinado local do espaço, até que seja movido dele? Estabeleceu-se assim, a relação do objeto ou corpo com o conceito de espaço-tempo.

Viagens no tempo foi o assunto preferido enfocado em importantes produções cinematográficas como “A Máquina do Tempo” (duas versões em 1960 e 2002), “Linha do Tempo” (2003), “Um Século em 43 minutos” (1979), “Peggy Sue, seu passado a espera” (1986), “Em algum lugar do passado” (1980), “Feitiço do Tempo” (1993) e é claro, a divertida trilogia: “De volta para o futuro” (Back to the future – 1985, 1989 e 1990), entre muitas outras.

Irwin Allen também produziu de 1966 a 1967, a sua série de TV sobre o tema: O Túnel do Tempo.

A série contava as aventuras de dois cientistas que se perdem pelo tempo durante as primeiras experiências com o projeto secreto mais ambicioso dos EUA em 1968 (!!!), o Túnel do Tempo. Eles viajam para várias épocas no passado e algumas poucas vezes para o futuro presenciando diversos fatos históricos e conhecendo algumas figuras importantes da história da humanidade.

Mas, em alguns dos episódios do seriado, os cientistas Tony Newman (James Darren) e Douglas Philips (Robert Colbert) também se deparam com visitantes do espaço.

Um dos encontros acontece no episódio “Um Mundo Além das Estrelas" (Visitors From Beyond The Stars) – um dos meus preferidos -, onde os dois viajantes temporais acabam a bordo de uma espaçonave alienígena conduzida por dois seres com aparência humanóide e pele prateada. Eles alegam serem de um planeta chamado Alfa 1 onde, apesar de seu evidente avanço tecnológico, a população cresce de forma desordenada.

Tony e Doug ficam estupefatos quando descobrem,  surpresos, que na realidade, estão no Arizona em 1885.

No laboratório do Túnel do Tempo, onde tudo o que se passa com os dois viajantes pode ser observado, todos demonstram sua surpresa ao se depararem com a evidência de presença alienígena na Terra e nos EUA do século XIX.

É nessa cena que fica clara, a evidente influência das idéias de Erick Von Daniken (autor de “Eram os Deuses Astronautas”): Nela, o Doutor Raymond Swain (John Zaremba) demonstra sua descrença na visita de seres do espaço no passado, ao que o General Heywood Kirk (Whit Bissell), retruca dizendo “haver relatos sobre visitantes do espaço desde os tempos bíblicos”. Trata-se de uma interpretação realizada em cima do conceito e da menção às "carruagens de fogo".

Trata-se de ponto de vista defendido também no clássico livro de Von Daniken.

Os alienígenas atacam uma cidadezinha chamada Mullins, onde começam a saquear todo o alimento disponível e pretendem estabelecer uma base segura para a chegada da força invasora que será enviada por Alfa 1.

Tony e Doug, no final, conseguem deter os invasores, depois de Doug ter sido praticamente tomado mentalmente por eles. Quando a equipe do Túnel se prepara para enviar Tony e Doug para outra zona temporal, outros dois seres prateados se materializam no laboratório do Túnel.

Os ET’s desejam recuperar a espaçonave com aqueles dois seres perdidos, desde que a invasão contra o mundo fracassara, em 1885, e ameaçam destruir o Túnel e a Terra caso não consigam recuperá-la.

Os cientistas do Túnel conseguem localizar a espaçonave e os dois seres se dão por satisfeitos. Antes de partirem, porém, revelam que já visitaram a Terra diversas vezes e que não mais precisam roubar alimentos de outros mundos.

Tony e Doug eram sempre monitorados em suas aventuras, por uma equipe que permanecia no laboratório e os acompanhavam em seus deslocamentos no tempo através de imagens que recebiam pelo Túnel do Tempo.

A equipe de cientistas do Túnel estava sempre tentando encontrar um meio de trazê-los de volta, ou então tentavam ajudá-los por intermédio dos recursos de que dispunham, como precárias transmissões de voz ou envio de armas ou equipamentos, quando possível.

Quando tudo falhava, tiravam-nos de uma época e os enviavam para alguma outra data incerta do passado ou do futuro, dando início a um novo episódio.

Eventualmente, membros da própria equipe ou convidados viajavam ao encontro dos cientistas perdidos, também com o intuito de ajudá-los nas situações de perigo. Também acontecia, de vez em quando, da equipe ou seres estranhos conseguirem interferir no destino das viagens. Nesse caso, os cientistas recebiam diferentes missões a serem cumpridas nos locais onde eram enviados.

Nos episódios eram utilizados imagens de arquivo de filmes do estúdio da Fox, tanto os mais recentes, como O Mundo Perdido, ou mesmo filmes históricos mais antigos como Príncipe Valente. Também eram reaproveitados cenários e figurinos de outras séries de Allen que estavam sendo produzidas na mesma época, como Viagem ao Fundo do Mar.

Devido ao elevado custo de produção, para os padrões da época, esse seriado durou apenas uma temporada, com a produção de 30 episódios.

A bela atriz Lee Meriwether interpretava a Dra. Ann MacGregor, membro da equipe de cientistas que monitorava o Túnel do Tempo. Na mesma época, os anos sessenta, ela participou de outras séries importantes como a “trash” Batman, onde viveu a célebre Mulher-Gato e Missão Impossível, como mais uma das agentes do esquadrão de elite MI.

Crédito das Imagens: Divulgação Fox Filmes do Brasil

Confira o Promo da série da época, clicando no link abaixo:

Promo for THE TIME TUNNEL!!

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