sexta-feira, 30 de novembro de 2012

As Aventuras de Edgar Rice Burroughs

Sempre gostei de aventuras. Desde pequeno. Não de viver perigosamente, já que passei de esquálido na adolescência para gordinho na fase adulta. E gordinhos, sinceramente, podem até ser considerados simpáticos, mas acredito que não deem bons super-heróis. E confesso também, igualmente, que sempre gostei de super-heróis.

Quando moleque, assistia juntamente com meu pai e meu sempre saudoso e querido avô Lund, filmes de aventura. Entre um dos que mais se destacava, estava Tarzan, dos macacos, criado pela mente imaginativa de Edgar Rice Burroughs. Foi somente bem mais tarde, já na época da faculdade, nos anos oitenta, que descobri seus outros personagens de ficção.

Por isso, é com grande emoção que comemorei a chegada em DVD, do filme da Disney, John Carter - Entre Dois Mundos: Perdido em um mundo. Encontrado em outro. Com 132 minutos, a produção que esbanja qualidade e bom senso na utilização dos efeitos de CGI (artes gráficas de computador) em 3D, além de seguir um roteiro da mais completa qualidade, já que não inventa e respeita as histórias do personagem criado por Edgar Rice Burroughs há mais de 100 anos, dentro de um romance chamado "A Princesa de Marte". Os direitos do personagem atualmente são da Disney, da Marvel, que publicava os quadrinhos e dos descendentes de Edgar Rice Burroughs.

No elenco, nomes desconhecidos que se mesclam com competência e a mesma qualidade dos outros aspectos do filme, já citados acima, ao lado de personalidades mais conhecidas: Taylor Kisch, Lynn Collins, Samantha Morton, Mark Strong, Ciaran Hinds, Dominic West, James Purefoy e Willem Dafoe.

Vale a pena acompanhar também o documentário que está incluído no DVD e que tenta explicar a necessidade de 100 anos, para que o romance e a saga de John Carter pudessem encontrar as telas de cinema e o triunfo das modernas telas de TV domésticas, com qualidade LED LCD e 3D.

Trata-se de um verdadeiro enredo de space-opera, conhecido por personalidades como George Lucas e Frank Herbert criadores de sagas como Guerra nas Estrelas e Duna.

Que o talento e a capacidade de Edgar Rice Burroughs possam vir a ser conhecidos pelas mais novas gerações, é o fator que me deixa realmente mais feliz. Coragem, lealdade, amor e dedicação não podem faltar aos verdadeiros heróis míticos. O que me entristece é que hoje não sejam mais referência das pessoas que se dizem de bem.
John Carter é um ex-capitão militar da Virgínia (USA) cansado dos terrores da Guerra de Secessão e que inexplicavelmente se vê transportado para Marte, onde ele acaba sendo envolvido em um conflito épico e também apaixonado por uma belíssima princesa. Confira.

Crédito das Fotos: Divulgação Disney/ Buena Vista

Clique no link abaixo para ver o trailer do filme:



John Carter: Entre Dois Mundos - Trailer - Legendado


Sinopse: John Carter é uma aventura de ação envolvente ambientada no misterioso e exótico planeta de Barsoom (Marte). O filme conta a história de John Carter (Taylor Kitsch), que é inexplicavelmente transportado para Marte onde se vê envolvido em um conflito de proporções épicas entre os habitantes do planeta, incluindo Tars Tarkas (Willem Dafoe) e a atraente Princesa Dejah Thoris (Lynn Collins). Em um mundo à beira do colapso, Carter descobre que a sobrevivência de Barsoom e de seu povo está em suas mãos.

Diretor: Andrew Stanton
Ano: 2012
Gênero: Fantasia
Título Original: John Carter


Novembro de 2012.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Retrô-TV - O Super Homem Eletrônico

Quem passou da infância para a adolescência em plenos anos 70, já deve ter falado de Steve Austin, o Homem de Seis Milhões de Dólares! Resultado de um dos mais secretos projetos governamentais dos Estados Unidos da América e uma série de TV das mais bem sucedidas na época. O assunto central do enredo do seriado eram os implantes biônicos em um ser humano.

Mas, para falar melhor sobre este assunto, convidamos o Wanderley, excelente editor de TV aqui no Brasil e fã de carteirinha da série e do seu personagem principal. Bom entretenimento!

Texto de Wanderley da Ressurreição Bento:


Falar do "O Homem de Seis Milhões de Dólares",é uma tarefa muito agradável para mim. Pois sou um grande fã desta série que se tornou um ícone da TV. Na época em que ia ao ar, entre 1974 e 1978, eu tinha mais ou menos 14 ou 15 anos de idade, e não perdia um episódio. Steve Austin é o personagem central da história, vivido pelo ator Lee Majors, e é um astronauta que sofre um acidente quase fatal durante um voo de teste com uma aeronave experimental.

No acidente ele  vira apenas uma sombra do que era, pois perde as duas pernas, o braço  direito e o olho esquerdo. Neste momento entra em cena outro personagem importante da série, Oscar Goldman, homem poderoso e influente do governo americano, a frente da O.S.I. (Office Scientific Inteligence), e que tem em mãos um projeto inédito, o de construir o primeiro homem biônico do mundo. Para a sorte de Oscar (e de Steve), Austin se encaixou perfeitamente no perfil procurado pela O.S.I.,e a cirurgia foi feita. O começo de tudo, é mostrado no longa "O Homem de Seis Milhões de Dólares", o longa têm varias diferenças em relação a série, e a mais grave é a trilha sonora, totalmente experimental, criada por Gil Melé.

Como o longa é muito detalhado em contar o acidente, a cirurgia e recuperação de Steve, existem poucas cenas de ação e muitos diálogos (interessantes), agravados pela trilha sonora morna (para não dizer morta), de Melé. Graças aos céus, isto foi corrigido nos episódios da série, ou ela, com certeza não teria durado quatro temporadas. Mesmo assim o longa mostra facetas interessantes da história, como a dificuldade de adaptação psicológica de Steve a nova situação. Foram produzidos mais dois longas, para definir o formato final da série, com os títulos: "Wine,Women and War" (Vinho, Mulheres e Guerra) e
"The Solid Gold Kidnapping" (O Rapto).

A curiosidade que existe nestes dois longas, é que no primeiro a história é bem realizada no estilo "James Bond", e não é preciso dizer que não ficou nada convincente, mas no segundo já é possível perceber que estavam achando o caminho certo, com um estilo único, que levou a série ao sucesso. É bom registrar que, o próprio Lee Majors exigiu que se destacasse mais o lado humano de seu personagem, ou ele não faria a série (será?).  De qualquer forma esta decisão se mostrou acertada, pois ouve um bom equilíbrio entre as super façanhas biônicas, e o Steve Austin humano, muito ligado a família e tudo mais. Com isso, conseguiram deixar o Steve humano tão interessante quanto o Steve biônico, fator este que enriqueceu a série, e nós, telespectadores, que ficamos pra lá de agradecidos.

Todos os longas foram ao ar na TV norte-americana no ano de 1973, 7 de março, 20 de outubro e 17 de novembro, respectivamente. E veio a primeira temporada, com o primeiro episódio indo ao ar em janeiro de 1974. O caminho estava mais ou menos definido, mas algumas coisas foram sendo introduzidas no decorrer da série, como os ruídos eletrônicos (efeitos, sons incidentais) que acompanhavam qualquer façanha biônica, como o famoso efeito sonoro do olho biônico e o slowmotion (a câmera lenta) quando Steve corria biônicamente.

Na primeira temporada, já temos alguns episódios que se destacam bastante pela qualidade do enredo e um deles é "População Zero", com um roteiro bem escrito, baseado no filme "O Enigma de Andrômeda", utilizando inclusive  algumas cenas deste. Na história, um cientista (Dr. Beacon), revoltado com sua demissão do governo usa uma arma sônica criada por ele para se vingar e chantagear as autoridades.

Cenas antológicas

1- Steve vestindo um traje espacial para entrar na cidade, que teve toda a sua população supostamente morta por um vírus, mas que na realidade foram vítimas do Dr. Beacon e de sua arma. Detalhe: o traje espacial usado na cena é real, cedido pela NASA


2- Steve escapando do local onde os bandidos o colocaram (um frigorifico: os implantes biônicos falham no frio intenso), seu andar titubeante no deserto, até a sua recuperação em slowmotion (uma das grandes descobertas da produção). A sua chegada triunfal a tempo de salvar Oscar e os soldados do exército dos efeitos mortais da arma sônica. Além da parte final do episódio, com cenas também em câmera lenta e uma música vibrante, que mostraram que a produção estava no caminho certo. Sem esquecer que, em todos os episódios, Steve tinha a chance de mostrar o seu lado humano (inclusive o romântico, sempre rodeado de belas mulheres).


Outro episódio que merece destaque é o "Duelo de Gigantes",¨onde o genial cientista (porém sempre voltado para o crime, no melhor estilo de cientista louco é o Dr. Dolenz, que faz a sua primeira de muitas aparições no seriado. Neste episódio, ele substitui um cientista do exército, amigo de Steve, por um robô idêntico ao verdadeiro cientista. No decorrer da história é muito interessante acompanhar como Steve vai percebendo que o seu amigo não é o seu amigo. Trata-se de mais um, dos muitos recados da série, de que a máquina jamais substituirá o homem.

Cenas antológicas: 

1- O duelo final entre Steve e o robô (claro que é realizado em câmera lenta), que dá o titulo em português ao episódio. Já com a música que, daí em diante, acompanharia muitas cenas de luta em outros episódios.

Gostaria de falar rapidamente sobre a trilha sonora definitiva da série que também virou um ícone, e que, curiosamente foi composta por Oliver Nélson. Ele era um músico totalmente voltado ao jazz e percebe-se isso na trilha. O Homem de Seis Milhões de Dólares foi original até na escolha de quem faria a trilha sonora e realmente ficou perfeita: uma série totalmente original para os conceitos da época e com uma música totalmente inovadora. 


Infelizmente, ele faleceu durante a segunda temporada mas conseguiu deixar a sua marca. Outro episódio que merece destaque na 1ª temporada é "Chama Viva", que mostra um astronauta (mais uma vez, um amigo de Steve), que volta de uma missão espacial com alterações elétricas em seu cérebro e que o tornam superinteligente. O destaque fica para o ator que faz o astronauta amigo de Steve, ninguém menos que William Shatner, o famoso e querido Capitão James T. Kirk, que na vida real já eram amigo de Lee Majors. Continuam sendo até hoje. 


Cena antológica: 


Shatner conversando mentalmente com os golfinhos de um aquário.


Chegamos a segunda temporada, que foi ao ar em setembro de 1974 já totalmente estruturada e com o seu formato definitivo. 


E é onde está um dos melhores episódios da série: "O Homem de Sete Milhões de Dólares". Neste episódio Steve descobre que Oscar fez mais um homem biônico, e que desta vez infelizmente as coisas não deram muito certo. O outro homem biônico é Barney Miller, ex - piloto de corridas que sofre um acidente nas pistas, e é reconstruído pelo Dr. Rudy Wells e sua equipe. O personagem é vivido pelo ator Monte Markhan, que os produtores tinham escolhido para fazer Steve Austin, até aparecer Lee Majors e lhe tomar o papel. 


Barney está tendo dificuldades de adaptação, e isto está lhe causando problemas de instabilidade psicológica. Oscar chama Steve para ajudar Barney a se recuperar mas isso acaba não adiantando muito. A instabilidade emocional de Barney aumenta e ele fica incontrolável e perigoso. E o único que está a altura de enfrentá-lo é Steve Austin.


Cenas antológicas: 

1- A primeira missão de Barney, onde ele mostra todo o seu descontrole,tombando carros e jogando pessoas longe sem necessidade.

2 – O combate final entre os dois homens biônicos, com direito a muitos ruídos biônicos e uma longa cena de luta em slow.

Outro episódio que merece destaque é o "Return of the Robot Maker" (O Rapto), onde o velho conhecido Dr. Dolenz volta a atacar, desta vez substituindo o próprio Oscar Goldman por um robô idêntico ao original.

Cenas antológicas:

1- Steve tentando tentando ultrapassar as defesas de uma base secreta do governo usando suas habilidades biônicas.

2- E,é lógico,o embate final de Steve com a cópia de Oscar, onde ele usa sua inteligencia para descobrir quem é o verdadeiro Oscar.

E para terminar esta temporada com chave de ouro, vamos falar de um episódio que foi o responsável pelo surgimento do que nós, hoje em dia, chamamos de crossover (uma outra série derivada da série original). Estou falando do episódio "The Bionic Woman" (A Mulher Biônica), na época fez um sucesso estrondoso, e como disse, deu origem a uma série própria da personagem. Um episódio especial dividido em duas partes, onde ficamos conhecendo um pouco mais da vida pessoal de Steve (é nesse episódio que  a mãe de Steve aparece pela primeira vez), já que em um episódio da primeira temporada ficamos sabendo que o pai de Steve também era da USAF (Força Aérea Norte-Americana, e que morreu em ação.

Em A Mulher Biônica descobrimos que sua mãe casou-se novamente e que Steve se dá muito bem com seu padrasto, realmente um episódio muito interessante neste aspecto. Nesta história Steve resolve tirar uma folga do seu estressante e perigoso trabalho, e vai visitar sua mãe e seu padrasto na cidade onde nasceu (Ojai, Califórnia). Lá ele acaba encontrando um antigo amor dos tempos de estudante, Jaime Somers, e que se tornou uma famosa tenista. O encontro desperta antigos e fortes sentimentos e eles resolvem se casar. 


Dai para frente tudo parece um sonho maravilhoso até que resolvem saltar de paraquedas: e a tragédia estava armada. Em um infeliz acidente, o paraquedas de Jaime não abre, os danos do acidente são obviamente muito graves, já que ela perde o audição do ouvido direito, as duas pernas e o braço direito, sem contar que estava a beira da morte. 


Em desespero Steve recorre a Oscar para salvá-la usando usando a tecnologia biônica, sabendo que seria a única chance de Jamie. Oscar inicialmente se recusa, mas de muita insistência de Steve acaba cedendo, não sem antes dizer que ele poderia se arrepender do que estava pedindo. Para resumir (pois o episódio é em duas partes), a cirurgia é feita com sucesso, e após a fase de adaptação, Jamie é enviada em sua primeira missão. 


Só que Jamie escondeu de todos que seu braço biônico estava tendo estranhos espasmos, e isso quase põe a missão a perder, mas as coisas só pioram, após a sua volta os espasmos pioram, e ela começa a sentir fortes dores de cabeça. Steve percebe as mudanças bruscas na personalidade de Jamie que a tornam violenta. 


Examinada pelo Dr. Wells, descobrem que o corpo de Jamie está rejeitando as partes biônicas, causando um coagulo no cérebro que pode levá-la a morte, a única solução é uma cirurgia. Infelizmente a cirurgia não obtém sucesso e Jamie acaba morrendo, uma cena comovente com Steve chorando a morte da sua amada (nessas horas a série faz jus a sua fama de melodramática).


Cenas antológicas: 

1 – Steve acompanhando Jamie em sua primeira missão, e após quase fracassarem empreendem uma fuga espetacular para conseguirem escapar dos bandidos.

2 – Steve sai a procura de Jamie, que após uma crise de dor e mudança de personalidade, foge do hospital,uma cena interessante de baixo de uma chuva forte,na qual o único que poderia trazer Jamie de volta era Steve.

O episódio duplo da mulher biônica fez tanto sucesso, que os produtores da série não poderiam perder essa chance, e na terceira temporada deram um jeito de Jamie ressuscitar. E é disso que vamos falar agora, pois a terceira temporada inicia com outro episódio duplo dedicado a mulher biônica (eps. 1 e 2).

"O Retorno da Mulher Biônica" tem um roteiro muito original para a época, pois nos é mostrado que logo após a morte de Jamie, um dos médicos sob a liderança do Dr. Wells, o Dr. Michael, surge com uma proposta que poderia trazer Jamie de volta a vida, uma nova técnica criogênica que ele desenvolveu. Sem o conhecimento de Steve, Oscar e Wells autorizam o procedimento, e assim é feito, com a técnica, nunca testada antes, que obtém sucesso e Jamie é trazida de volta ao mundo dos vivos.

No inicio do episódio, Steve está em missão, mas algo dá errado e ele tem as duas pernas biônicas seriamente danificadas,após o resgate ele é levado a um centro de pesquisas secreto do governo,para reparar a suas pernas.

Enquanto está sedado, por conta das fortes dores, Steve vê, de relance, Jamie Somers, quando acorda, ao comentar o que viu ao Dr. Wells e Oscar, é convencido pelos dois que havia tido delírios devido aos sedativos fortes que estava tomando. 


Só que SteveJamie em mais duas situações, e destas vezes, ele não estava sob efeito de sedativos. Então, ele procura Oscar e o Dr. Wells e sob ameaça os dois finalmente lhe contam a verdade, e que esconderam tudo de Steve pois queriam poupá-lo, caso a experiência desse errado. 


Steve exige ver Jamie e para a sua infelicidade descobre que um dos efeitos colaterais do procedimento é a perda de memória. Jamie simplesmente não lembra quem é Steve


Cenas antológicas:

1 – Steve treinando Jamie e a ajudando a se readaptar aos seus implantes biônicos.

2 – A guerra de travesseiros biônica entre Steve e Jamie (momento fofinho ou momento”own”da série).

3 – Os vários momentos de crise de Jamie, pois quando ela começa a relembrar do passado as fortes dores voltam.

4 – A decisão de afastar Jamie de tudo e de todos que a façam lembrar do passado, evitando assim que ela volte a ter dores,ou até mesmo morra.

O ultimo momento antológico foi que proporcionou o gancho perfeito para que os produtores gerassem a série solo da "Mulher Biônica", pois o governo arranja uma nova identidade para Jamie, e ela vai morar em uma pequena cidade onde ninguém a conhece.

A terceira temporada tem um outro episódio sempre destacado pelos fãs da série entre os melhores. Trata-se de outro episódio duplo (episódios:17/18), "The Secret of Bigfoot" (O Segredo do Gigante), aliás o nome em português é horrível. Steve descobre que o mito do "bigfoot" (pé grande), é mais real do que as pessoas pensam, mas não é exatamente aquilo que a história conta. Ele acaba descobrindo que o "pé grande", não é um homem primitivo gigante, uma espécie de sasquatch, mas sim um andróide, construído por uma civilização extraterrestre, escondida nas montanhas a milênios, e que atuava como uma espécie de guardião.

Cenas antológicas: 

1 - A destruição do acampamento do exercito pelo "pé grande".

2 - A busca de Steve por dois cientistas do governo que sumiram misteriosamente,o que leva Steve a dar de cara com o "pé grande".

3 - O combate (não podia faltar) entre Steve e o "pé grande", onde ele comprova a superioridade tecnológica e de força do andríide alienígena.

4 – As cenas onde os aliens usam um aparelho que lhes permite se mover tão rápido, que os seres humanos não os enxergam (mas o olho biônico de Steve enxerga).

Vamos então para a quarta temporada, onde o primeiro episódio é o "The Return of Bigfoot" (A Volta do Pé Grande), não tão bom como o anterior, e com pouca coisa a se comentar. Nesta temporada também notamos uma leve mudança no visual de Lee Majors, que na quinta e última temporada se torna mais radical (o que na minha opinião, e na de muitos outros fãs da série, estragou o personagem Steve Austin), com um bigodinho ridículo, e permanente no cabelo (sem comentários).

O episódio "Death Probe" (Sonda mortal) em duas partes, é a história de uma sonda-robô russa que tem como destino Vênus, mas que um função de um defeito volta a cair na Terra novamente, e em território americano. Descontrolada e avariada, a sonda passa a destruir tudo em seu caminho. Sem outra opção, o governo russo pede ajuda aos americanos,e é ai que entra Steve Austin. O embate entre Steve e a sonda é muito bacana, e eu considero este episódio duplo, o útimo suspiro da série em termos de bons roteiros, já que os produtores e roteiristas contratados estavam perdendo o fôlego e a criatividade.


Não há muito o que dizer da quinta temporada, a não ser o que já foi dito anteriormente sobre a falta de criatividade,  já que nesta temporada existe uma profusão de episódios duplos, contando com uma "nova" história da "Sonda Mortal", e mais um episódio com o "Pé Grande". Apesar dos episódios duplos, a qualidade os roteiros caiu vertiginosamente, antecipando para os fãs o que iria acontecer ao final dela, já que foi a ultima temporada de "O Homem de Seis Milhões de Dólares".

Em 1987 fizeram um longa para a tv: "The Return of The Six Million Dollar Man and Bionic Woman", com um gordo Steve Austin, e uma "Senhora Biônica". Seu roteiro  era fraquíssimo e desinteressante, realmente chato de dar sono. Mas parece que o saudosismo foi maior (ou a loucura), e em 1989, produziram outro longa: "Bionic Showdown", nem melhor nem pior que o anterior. Apenas mais uma lamentável realização.

E contrariando todas as expectativas em 1994, veio "Bionic Ever After", realmente inexplicavel!!! Para esse que vos escreve sim, acredito muito no ditado: "quanto mais mexe mais fede". A série teve o seu momento e o seu lugar na história da TV, tanto que ninguém discute a sua importância na cultura pop, mas esse é mais um caso daqueles em que é melhor deixar como está. A série é boa como é, com poucos recursos, efeitos simples, e até falhas de continuidade, mas esse é seu charme também. É isso o que atrai os fãs, sem contar, como disse no início, que o conceito da série é fantástico até hoje ,além da sua época; totalmente trash. Houve um período em que rolaram boatos de que iriam produzir um longa para cinema da série, e o papel de Steve Austin seria de Jim Carey (arrepio). Ainda bem que não passou de boatos,já que isso é tudo o que a série não precisa, e se fizerem alguma coisa, peço apenas que respeitem os fãs, que não são poucos em todo o mundo. Não produzam uma comédia, mas sim um filme que guarde realmente a mensagem da série original.

Guardadas as devidas proporções, aconteceria com a série, o mesmo que aconteceu com a refilmagem de "Psicose", já que existem coisas que devem ser deixadas como estão. Não devem ser mexidas. Assistam reprises, assistam seus dvds até furarem, mas pelo menos estarão vendo a série com o que é mais importante nela e que são a sua essência e diversão!

Créditos das imagens: Universal Produções e You tube





Wanderley da Ressurreição Bento é editor e fã de séries de TV.






Clique no link abaixo e mate as saudades da antológica abertura da série: "O Homem de Seis Milhões de Dólares", produzida e distribuída pela Universal:

THE SIX MILLION DOLLAR MAN OPENING SEQUENCE HD

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Homenagem para Spielberg

Nos áureos anos 80, íamos ao cinema, sobretudo, para encontrar diversão, aventura e emoção. E um dos cineastas que garantiu isso para a minha geração, foi sem dúvida alguma Steven Spielberg, com filmes como Goonies, Caçadores da Arca Perdida, ET, Contatos Imediatos e O Império do Sol. Nas histórias retratadas na telona pelo célebre realizador norte-americano, o olhar da juventude, sempre foi preservado e destacado.

Em Super 8 (2011), uma recente produção de Spielberg, com direção de J.J. Abrams, é este cinema dos anos 80, que é claramente homenageado pelo criador realizador de séries de TV como Fringe, Alias e Lost.

O Super 8 original era um sistema de filmagem sem som, mas em 1973 foi lançada a versão sonora, com pista magnética. Os cartuchos sonoros são um pouco maiores, para acomodar uma distância entre a janela da câmara, onde o filme é exposto e forma-se a imagem, e uma segunda abertura, onde uma cabeça magnética da câmara entra em contato com a pista magnética do filme e grava o som. Câmaras Super-8 sonoras, com espaço interno maior e cabeças magnéticas de gravação, eram compatíveis com cartuchos silenciosos, mas câmaras silenciosas não podiam utilizar cartuchos sonoros.

Em 1997, a Kodak parou de fabricar filmes Super-8 sonoros, alegando motivos ecológicos: a substância utilizada para colar a pista magnética na película foi considerada prejudicial ao meio ambiente. 

No filme de J. J. Abrams, uma turminha do barulho em clima de paquera se envolve em confusões que até Deus duvida com um amigo de outro mundo. Leia essa introdução com a voz do narrador dos filmes da “Sessão da tarde” antes de assistir a Super 8. É a melhor maneira de entrar no clima proposto por J.J. Abrams e Steven Spielberg no longa que estreou no Brasil, no ano passado.

Cercado de mistério desde o anúncio de sua produção, Super 8 se vendeu inicialmente como mais uma aventura de suspense e ficção científica de Abrams, produtor de filmes como Cloverfield e criador da série Lost. A sinopse divulgada meses atrás dizia apenas que a história se passava em 1979, em uma pequena cidade do subúrbio americano. Ali, um grupo de adolescentes grava um acidente de trem enquanto filmam um curta de zumbis amador. Uma criatura desconhecida é libertada no desastre e só eles têm a sua imagem.

Mas basta começar a assistir Super 8 para reparar que a sua pegada é outra. Despretensioso e divertido, ele resgata o clima dos blockbusters juvenis que Spielberg criou na década de 1980 e até hoje são cultuados.

O filme celebra ainda valores e descobertas inesquecíveis como o primeiro amor da adolescência, o sabor da aventura entre os melhores e mais leais amigos e o surgimento do inesperado. Mais que uma homenagem, também uma obra referência do bom cinema do escapismo que deve ser acompanhado sempre de pipoca e coca-cola!

Clique no link abaixo e veja o trailer do filme, já disponível em DVD e Blu-ray disc:


Super 8 é um filme de ficção científica americano de 2011 escrito e dirigido por J. J. Abrams, e estrelado por Kyle Chandler, Joel Courtney, Elle Fanning e Noah Emmerich. Foi lançado no dia 10 de junho de 2011 nos Estados Unidos e no dia 12 de agosto de 2011 no Brasil. Conta a história de um grupo de crianças que estão filmando seu próprio filme em super-8 quando um trem descarrilha, libertando uma perigosa presença na cidade.

A trama se passa no verão de 1979, quando um grupo de seis garotos, em uma cidade industrial de Ohio, chamada Lillian, testemunha uma catastrófica colisão noturna de uma caminhonete com um trem de carga. Eles registram tudo com a câmera Super-8 com a qual estavam tentando fazer um filme. Não tarda para que eles comecem a desconfiar que aquilo não foi um acidente, quando misteriosos desaparecimentos começam a acontecer e a Força Aérea tenta encobrir a verdade — algo muito mais terrível do que eles poderiam imaginar.

Abrams e Spielberg colaboraram para criar a história do filme. Inicialmente foi reportado que o filme seria uma sequência ou uma prequência de Cloverfield, produzido por Abrams. Entretanto, Abrams rapidamente respondeu dizendo, "Você deve ver o trailer, porém não tem nada a ver com Cloverfield". Foi filmado de forma tradicional, diferentemente de Cloverfield, com as filmagens ocorrendo de setembro até outubro de 2010, na cidade de Weirton, Virgínia Ocidental. O teaser trailer foi filmado separadamente, em abril do mesmo ano. O filme é o primeiro trabalho original de Abrams no cinema, tendo previamente dirigido sequências de duas famosas franquias; Mission: Impossible III (Missão Impossível 3) e Star Trek (Jornada nas Estrelas).

Super 8 foi bem recebido pela crítica especializada. No site Rotten Tomatoes o filme possui um indíce de aprovação de 82%, baseado em 243 resenhas, com uma nota média de 7,4/10. O consenso é "Pode evocar lembranças de sucessos de verão clássicos um pouco ansiosamente para alguns, porém Super 8 tem excitação, deslumbramento visual e profundidade emocional de sobra". No agregador Metacritic, o filme tem um indíce de 72/100, baseado em 41 resenhas, indicando "críticas geralmente favoráveis".

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Bucaneiros, corsários e piratas

Desde pequeno sempre gostei de um bom filme de piratas. Garantia de diversão, aventuras e doses certas de combatividade e mistério. Talvez porque o primeiro livro que li até o fim, tenha sido o fantástico "A Ilha do Tesouro", de Robert Louis Stevenson, no começo da adolescência. As histórias envolvendo estes mestres dos sete mares e dos cinco oceanos, com base fixa nas ilhas do Caribe, garantem emoção, superações e muita, mas muita coragem e uma dose certa de malandragem. Ingleses, franceses, portuguesesespanhóis, italianos, africanos, indianos, árabes e jamaicanos: não importa! O que importava mesmo era incomodar os poderosos e ao mesmo tempo, garantir a mais justa divisão do butim. Corsários eram aqueles piratas que durante algum tempo diziam estar defendendo as razões e a bandeira de algum rei razoável.

Poucas figuras representaram tanto o imaginário popular quanto os piratas. Durante muito tempo, esses homens de lenço vermelho na cabeça, pernas de pau, livres como o vento que estufava as velas de suas embarcações, foram imortalizados pela literatura, pelo cinema e pela televisão.

Entre os autores que mais romantizaram os bucaneiros e além do já citado Robert Stevenson, está também Daniel Defoe, autor de Robinson Crusoe. Ambos, mais uma legião de escritores populares, nos anos 1930, 1940 e 1950 inspiraram roteiristas de Hollywood e desenhistas de histórias em quadrinhos do porte de Lee Falk, Hugo Pratt e Milton Caniff. Com o cinema, os flibusteiros ganharam fúria, som e diálogos impecáveis. De quebra, conquistaram também elegância, bons modos e sentimentos.

No cinema norte-americano e europeu, os "piratas do bem", vividos pelos reis do gênero "capa e espada" como Errol Flynn, Tyrone Power, Burt Lancaster, astros do passado, e mais recentemente, gente como Robin Williams, Geena Davis e Johnny Depp. Atores e atrizes interpretando homens e mulheres, dispostos a viver livres das obrigações cotidianas, verdadeiros deuses a reger o mundo de seus barcos e naus, descobridores de paisagens idílicas, protagonistas de amores exóticos.

No clássico, "A Ilha do Tesouro", conta-se que num lugarejo litorâneo da Inglaterra, nos idos de 17... , século XVIII, a chegada de um personagem extraordinário a pequena estalagem Almirante Benbow, chamou a atenção de Jim Hawkins um garoto com apenas doze anos. O marujo, apresentou-se como Capitão Bill Bones. Passava os dias embriagando-se com rum enquanto vigiava sem descanso, o caminho para a estalagem. Durante um dos ataques que o acometiam pelo excesso de bebida, Bill Bones, acreditando que ia morrer, confessou ter servido como imediato no navio de um temível pirata, Capitão Flint de quem havia herdado o mapa de um tesouro. Este é apenas o início de uma narrativa vibrante e misteriosa. Piratas infestavam os sete mares e sempre estavam as voltas com tesouros e riquezas inconfessáveis. Independentemente de quem fossem os proprietários ou de quem tivesse direito sobre eles...

Curiosamente e até em analogia do já contado anteriormente, a pirataria moderna se refere ao desrespeito aos contratos e convenções internacionais onde ocorre cópia, venda ou distribuição de material sem o pagamento dos direitos autorais, de marca e ainda de propriedade intelectual e de indústria. Os casos mais conhecidos são as cópias de produtos (falsificação), quer pelo uso indevido de marca ou imagem, com infração à legislação que protege a propriedade artística, intelectual, comercial e/ou industrial.

Mas, como já disse, o cinema sempre celebrou os filmes e histórias de piratas e numa época em que tudo tem que ser "politicamente correto" e até bastante cínico, nunca é demais recordar as aventuras destes "heróis" que sabiam mais do que ninguém como quebrar todas as regras. Abaixo, alguns dos principais filmes de piratas já produzidos por Hollywood:

Capitão Blood (1936)

Na Inglaterra, em meados do século 17, o Dr. Peter Blood (Errol Flynn) é preso erroneamente por traição ao Rei James (Vernon Steele), ao socorrer um soldado rebelde ferido. Peter não consegue provar sua inocência e é sentenciado à morte, mas, em vez de condenado, ele embarca para Jamaica para ser vendido como escravo. Seu semblante agrada à bela Arabella Bishop (Olivia de Havilland) que o compra para trabalhar em uma plantação. Apesar de seu bom entendimento com Arabella, Peter tem problemas com o tio dela, verdadeiro dono da plantação, o Coronel Bishop (Lionel Atwill). Tempos depois, um ataque de piratas espanhóis à Jamaica dá a Peter e seus amigos a chance de fugirem e unirem-se para formar a mais famosa tripulação de piratas, "Os Piratas do Caribe", comandados pelo "Capitão Blood".

O Cisne Negro (1942)

Em 1674, o pirata Jamie Waring (Tyrone Power) é capturado durante um ataque a uma cidade da Jamaica. O espanhol Don Miguel o interroga a respeito do Capitão Henry Morgan (Laird Cregar), que se acha na Inglaterra prestes a ser enforcado por pirataria. Salvo por seu compatriota, Tommy Blue (Anthony Quinn), os dois são impedidos de torturarem Don Miguel por Lord Denby, governador inglês da Jamaica. Denby os informa que Espanha e Inglaterra assinaram um tratado de paz. Não acreditando nas palavras do governador, Jamie decide enforcá-lo por ter enviado Morgan a julgamento. No entanto, antes de levar a cabo sua decisão, é surpreendido com a chegada à Jamaica do Capitão Morgan.

A Ilha da Garganta Cortada (1995)

O mapa de um fabuloso tesouro pirata ent foi cortado em três partes por um velho bucaneiro e dividido entre seus três filhos. Vários anos depois, na segunda metade do século XVII, um deste filhos, passa a sua parte no mapa (que estava desenhada no seu couro cabeludo) para a sua filha (Geena Davis), uma sexy aventureira que lutava tão bem quanto qualquer homem e tinha sua cabeça posta a prêmio. Auxiliada por sua tripulação, ela decide então encontrar o tesouro e o navio do seu pai, que agora são dela. Porém, sua parte no mapa está em latim, assim ela decide comprar um prisioneiro (Matthew Modine) que será vendido como escravo, para ajudá-la na tradução.

Piratas (1986)

Capitão Red (Walter Matthau), o pirata inglês, tem seu barco afundado nas costas de Maracaibo e fica boiando em cima da balsa improvisada até cruzar com um grande galeão espanhol que traz em sua carga o trono de Kapatek- Anahuac, de ouro maciço. A tripulação resgata e o prende no porão escuro e úmido do galeão, mas o pirata escapa, causando muita confusão a bordo do galeão.

Hook (1991)

O que parecia impossível aconteceu: Peter Pan (Robin Williams) cresceu! Deixando para trás o terrível Capitão Gancho (Dustin Hoffman), a fiel fada Sininho (Julia Roberts) e, as aventuras na mágica Terra do Nunca, ele embarcou naquela que seria seu maior desafio: crescer. Agora, anos mais tarde, ele é um importante e requisitado advogado e empresário, casado com a neta de sua antiga companheira de aventuras, Wendy (Maggie Smith), Moira Darling, com quem teve dois filhos: Jack e Maggie. Porém, o passado volta a assombrar: Numa noite fria de tempestade, durante uma viagem à terra natal, Londres, seus filhos desaparecem, e só um bilhete é encontrado. Assinado pelo cruel JAS. James Gancho, o malvado pirata sequestrou seus filhos, e, agora, quer que Peter volta à Terra do Nunca, onde aconteceria, de uma vez por todas, a batalha final, entre Pan e Gancho. Contando com a ajuda da esperta e ciumenta Sininho, Peter voa à Terra do Nunca, reaprende a voar, e, claro, redescobre a criança que existe dentro dele.

Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra (2003)

Em pleno século XVII, o pirata Jack Sparrow (Johnny Depp) tem seu navio saqueado e roubado pelo capitão Barbossa (Geoffrey Rush) e sua tripulação. Com o navio de Sparrow, Barbossa invade e saqueia a cidade de Port Royal, levando consigo Elizabeth Swann (Keira Knightley), a filha do governador (Jonathan Pryce). Decidido a recuperar sua embarcação, Sparrow recebe a ajuda de Will Turner (Orlando Bloom), um grande amigo de Elizabeth que parte em seu encalço. Porém, o que ambos não sabem é que o Pérola Negra, navio de Barbossa, foi atingido por uma terrível maldição que faz com que eles naveguem eternamente pelos oceanos e se transformem em esqueletos à noite.

Acesse o link abaixo e reveja cenas fantásticas de Capitão Blood (o melhor filme de piratas de todos os tempos), filmadas e produzidas nos tempos libertários da década de trinta, onde não havia patrulhamento ideológico, falsa moral e nem nenhuma forma de bullying (humilhação física ou psicológica) tão comuns destes tempos em que vivemos agora em 2012, tão avançados. Um filme com ideais piratas, do começo ao fim! Obrigado aos leitores inteligentes, pelo instante de desabafo bem libertário, como devia ser o pensamento da época dos piratas que não estavam nem aí para as civilizações hipócritas que os rodeavam.

Capitão Blood 1936 - Video Nostalgia

Créditos: Fox Filmes do Brasil/ Universal Produções/ Warner Bros./ Paris Filmes/ Youtube

domingo, 22 de janeiro de 2012

Retrô-TV - Os Dez anos de Smallville

Depois de mais de uma década em exibição e dez temporadas, a série Smallville chegou ao fim. A saga do Superboy (as aventuras do Superman enquanto rapaz) recebeu um tratamento pra lá de especial, nunca antes recebido anteriormente e despertou o interesse principalmente de uma inteira nova geração de teenagers, nos Estados Unidos, aqui no Brasil e no mundo inteiro.

A trama centralizada no conflito e na amizade de Clark Kent (Tom Willing) e Lex Luthor (Michael Rosenbaum), dois eternos competidores, foi uma das razões da conquista de expressivos índices de audiência durante pelo menos, os seis primeiros anos de apresentação do seriado.

Smallville (Smallville: As Aventuras do Superboy (título no Brasil) ) é uma série de televisão americana de ficção científica que estreou em 2001 no canal The WB. Criada por Alfred Gough e Miles Millar, baseada no personagem Superman da DC Comics criado por Jerry Siegel e Joe Shuster. Smallville conta a trajetória de Clark Kent, um adolescente quase comum, se não fosse seus poderes especiais. A ideia central da série é mostrar como seria a vida do homem de aço e toda a sua trajetória se a sua nave tivesse caído na Terra nos tempos atuais, mesclando a modernidade do século XXI, como elementos e valores antigos, ja conhecidos por todos referente ao universo do Superman.

Elenco

O primeiro episódio de Smallville foi no ar na TV americana no dia 16 de outubro de 2001, intitulado de Pilot registrando um total de aproximadamente 8,4 milhões de telespectadores, e até hoje, é o recorde de maior audiência para uma estréia do canal The WB. No elenco regular estavam Tom Welling (Clark Kent), Kristin Kreuk (Lana Lang), Michael Rosenbaum (Lex Luthor), Eric Johnson (Whitney Fordman), Sam Jones III (Pete Ross), Allison Mack (Chloe Sullivan), Annette O'Toole (Martha Kent), John Schneider (Jonathan Kent) e participação especial de John Glover, interpretando Lionel Luthor, pai de Lex Luthor.

Em Smallville muitas coisas referentes ao universo Superman e DC Comics foram exploradas, e vários heróis e vilões conhecidos do universo das histórias em quadrinhos tiveram sua versão no seriado, como o Arqueiro Verde, Cyborg, Flash, a Legião dos Super-Heróis e a Sociedade da Justiça da América, entre outros. Na parte dos vilões, destaque para Doomsday, o monstro que conseguiu a façanha (ou quase) de matar Superman nos quadrinhos, Brainiac e até mesmo o icônico General Zod.

Depois de 10 temporadas no ar, Tom Welling e Allison Mack foram os únicos atores remanescente no elenco regular desde a primeira temporada, Tom também trabalhava como diretor eventualmente em alguns episódios, mas uma coisa que nunca mudou ao longo desses anos foi a música de tema do seriado, Save Me, da banda Remy Zero. Smallville chama muito a atenção pela sua trilha sonora original, principalmente em suas primeiras temporadas. Apesar disso, foram lançadas apenas duas coletânes oficiais até hoje, são elas: Smallville Vol 1: The Talon Mix lancado no ano de 2003 e Smallville Vol 2: Metropolis Mix lançado em 2005.

A série é um dos espetáculos da temática sobrenatural e suprarealidade, como as séries Buffy the Vampire Slayer, Angel, Charmed, Supernatural e Roswell, e tem sido observado várias vezes por sua mistura de vários gêneros (como terror, fantasia e comédia).

No Brasil, Smallville ainda é transmitida pelo canal a cabo Warner Channel e pela rede de televisão aberta SBT. Em Portugal, pelo canal a cabo Fox Next e pela televisão aberta RTP2.

O elenco regular é introduzido na primeira temporada. As histórias incluia regurlamente um vilão decorrente da exposição de um poder de kryptonita. Os vilões foram um enredo de episódio desenvolvido por Gough e Millar. A primeira temporada tratou-se principalmente de Clark tentando entrar em acordo com sua origem alienígena, e a revelação de que sua chegada na Terra estava conectada com à morte dos pais de Lana Lang.

Após a primeira temporada, a série passou a utilizadar menos os vilões da semana em seus episódios, se concentrando mais em arcos de história que afetavam cada personagem e explorando as origens de Clark. Os arcos de história principais incluem a descoberta de Clark de sua herança kryptoniana. A voz desencarnada do pai biológico de Clark, Jor-El, é introduzida. Ele se comunica com Clark através de sua espaçonave, preparando um cenário para tramas envolvendo o cumprimento do destino terrestre de Clark.

Em outro arco que compreende a quarta temporada é a procura de Clark para as três pedras do poder, na instrução de Jor-El, elas contêm o conhecimento do universo e formam a Fortaleza da Solidão. Clark também enfrenta Brainiac em suas tentativas de libertar o criminoso kryptoniano General Zod. Clark deve capturar ou destruir os outros criminosos que escaparam da Zona Fantasma. A prima biológica de Clark, Kara, chega, e Lex Luthor finalmente descobre o segredo de Clark.

A oitava temporada apresenta histórias que envolvem a introdução de Davis Bloome, que é a interpretação Smallville de Doomsday, e uma mulher chamada Tess Mercer substitui Lex Luthor, que saiu da série. Justin Hartley entra como uma membro regular no papel de Oliver Queen / Arqueiro Verde, tendo sido um convidado recorrente na sexta temporada. Na nona temporada, Major Zod (Callum Blue), juntamente com outros membros do grupo militar de Zod, são revividos por Tess Mercer, embora sem os seus poderes kryptonianos. Seus esforços para obter essas competências tornam-se o conflito central do arco de história da temporada. A décima e última temporada gira em torno das tentativas de Clark para se livrar de suas dúvidas e medos, a fim de se tornar o herói que ele foi feito para ser, ao mesmo tempo, enfrentar seus maiores desafios, a vinda de Darkseid e o retorno de Lex Luthor.

Filmagens

A série foi filmada no Canadá, na cidade de Cloverdale. Algumas cenas eram filmadas em Vancouver, existe várias locações na região, inclusive a Fazenda Kent. A fazenda fica quase na divisa com os EUA. As cordenadas geograficas da fazenda são: +49° 1’ 0.09”, -122° 32’ 18.67”. Na cidade de Cloverdale, fica o Talon e um antigo cinema que se chama Clova Cinema que fica na Street, 176 em Victoria, BC, Canadá.

Próximo a Vancouver, fica o Hatley Castle onde é filmado a residência dos Luthor, já em Vancouver fica o Vancouver Technical School, que é o verdadeiro nome do Smallville High School onde Clark e seus amigos estudavam, o colégio fica na E Broadway 2600, o predio onde é filmado A LuthorCorp é a Vancouver Public Library que fica na Robson Street, 345, Marine Building é o predio que eles usam para filmar algumas imagens do Planeta Diário.

Elogios e Premiações

Ao longo de suas dez temporadas, Smallville ganhou inúmeros prêmios, que se variam de Emmys para Teen Choice Awards. Em 2002, a série ganhou um Emmy por Excelente Edição de Som para uma Série.

Quatro anos mais tarde, a série foi premiada com um Emmy por Excelente Edição de uma Série para a sua quinta temporada no episódio "Arrival". Em 2008, Smallville voltou a vencer o Emmy por Excelente Edição de Som para a sua sétima temporada no episódio "Bizarro".

Smallville foi premiada no Leo Awards em várias ocasiões.

A artista cosmética Natalie Cosco foi concedida com o prêmio de Melhor Maquiagem duas vezes, uma por seu trabalho no episódio "Scare" da quarta temporada e novamente por seu trabalho nos episódios "Hydro" e "Winter" ambos da sexta temporada.

No Leo Awards de 2006, Barry Donlevy levou para casa o prêmio de Melhor Cinematografia em uma Série Dramática pelo seu trabalho no episódio "Spirit" da quarta temporada, enquanto David Wilson ganhou o prêmio de Melhor Desenho de Produção em uma Série Dramática para o episódio "Sacred".

A sexta temporada de Smallville ganhou o Leo Awards de Melhor Série Dramática. James Marshall ganhou o prêmio de Melhor Diretor pelo episódio "Zod", Caronline Cranstoun ganhou o prêmio de Melhor Figurino por seu trabalho no episódio "Arrow", e James Philpott ganhou o prêmio de Melhor Desenho de Produção pelo episódio "Justiçe".

Em 2008, Smallville ganhou o Leo Awards de Melhor Série Dramática e Melhor Fotografia. A equipe de efeitos visuais foram reconhecidos pelo trabalho no episódio piloto ganhando prêmio de Melhores Efeitos Visuais em 2002. Eles foram posteriormente reconhecidos pela Sociedade de Efeitos Visuais recebendo um prêmio em 2004 para Excelente Composição em um programa de televisão, Vídeo, Música, ou comercial, pelo trabalho que fez para o episódio "Accelerate" da segunda temporada. Nesse mesmo ano, eles ganharam o prêmio de Excelente Pintura em um programa de televisão, Vídeo, Música ou Comercial para o episódio "Insurgence" da segunda temporada.

Em 2002, a Sociedade Americana de Compositores, Autores e Editores honraram o compositor Mark Snow e a banda Remy Zero, que fornecem o tema de abertura "Save Me", por suas contribuições para a série.

O prêmio é concedido a pessoas que escreveram o tema ou sublinhado para a série de televisão mais alto avaliado durante 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2001 para a sua rede. A American Society of Cinematographers deu a Davi Moxness, um prêmio para o seu trabalho feito no episódio "Arrow" da sexta temporada, e no ano seguinte eles concederam a Glen Winter o mesmo prêmio por seu trabalho no episódio "Noir".

Os membros do elenco regular ganharam prêmios por suas representações por suas atuações na série. Em 2001, Michael Rosenbaum ganhou um Prêmio Saturno de Melhor Ator Coadjuvante e Tom Welling ganhou um Teen Choice Award para Melhor Estrela Masculina, enquanto Allison Mack foi premiada como Melhor Amiga Íntima. Em 2006, Mack ganhou o prêmio, pelo segundo ano consecutivo, quando ela recebeu o prêmio em 2007 no Teen Choice Awards. No Teen Choice Awards de 2009, Tom Welling recebeu o prêmio de Melhor Ator em uma série de Ação e Aventura.

De toda forma, nunca a mitologia envolvendo o homem-de-aço mereceu um tratamento tão diferenciado. Embora os roteiros da série tenham declinado muito após a sexta temporada, Smallville terá para sempre um lugar especial no coração de todos os seus fãs.

Clique no link abaixo e veja um clipe especialmente produzido em celebração aos 10 anos da série:

Smallville - Ten Years Tribute

Crédito das Imagens: DC Comics/ Warner Bros. Brasil e Youtube